terça-feira, 20 de outubro de 2015

9º Ano - Raiz

Revisão para a prova


Modelos de desenvolvimento república populista (1946-1964)


Nacionalismo

O Nacionalismo era defendido pelos antigos partidos getulistas: o PTB e o PSD . 

Os Nacionalistas tinham divergências com os liberais. De acordo com seus princípios, a abertura total ao capital estrangeiro traria consequências penosas ao país, principalmente pela fuga de capitais decorrente dos lucros obtidos pelas empresas estrangeiras, pelo aumento da dívida externa, o que concorreria para uma dependência externa do Brasil cada vez maior. Abertura apenas para empresas que geram riquezas e restrição para as que exploram riquezas.
 Por isso, os nacionalistas defendiam um desenvolvimento com prioridade pelo capital nacional. Para isso o Estado deveria ter um papel de ampla participação na economia.



Dá-se o nome de desenvolvimentismo a qualquer tipo de política econômica baseada na meta de crescimento da produção industrial e da infra-estrutura, com participação ativa do estado, como base da economia e o conseqüente aumento do consumo.

O governo federal ampliava sua disposição para dirigir a economia por duas vias: investimentos públicos em setores considerados estratégicos, tais como a produção de aço ou ainda, através de uma política fiscal e de controle do câmbio e das importações buscando com isso estimular a produção interna.


Liberalismo (entreguismo)
Modernamente o entreguismo consiste na desnacionalização sistemática da indústria, especialmente de setores considerados por determinados segmentos ideológicos e políticos como setores-chave da indústria de produção, mediante a transferência de seu controle para capitais estrangeiros. A posterior remessa de lucros decorrente dessa entrega se constitui numa das parcelas da expatriação do excedente econômico de um país, e a delegação do controle administrativo dos setores estratégicos da economia de um país a empresas multinacionais impede o surgimento de forças internas que eliminem os entraves ao seu desenvolvimento, e que alterem a reprodução do status quo.
O termo entreguismo tem suas origens relacionadas às disputas políticas pelo petróleo no Brasil, na década de 1950. 


Reformas de base
Conceito:
Sob essa ampla denominação de "reformas de base" estava reunido um conjunto de iniciativas: as reformas bancária, fiscal, urbana, administrativa, agrária e universitária.
Estender o direito de voto aos analfabetos e às patentes subalternas das forças armadas
Uma intervenção mais ampla do Estado na vida econômica e um maior controle dos investimentos estrangeiros no país, mediante a regulamentação das remessas de lucros para o exterior.
Favoráveis:
O governo tinha apoio dos sindicatos, da Confederação dos Trabalhadores (CGT), da UNE, do PTB, dos socialistas e comunistas (PCB), JUC e Ligas Camponesas.

Contrários:
Empresários, fazendeiros, militares e setores da classe média, UDN e do PSD.

Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome comum de uma série de manifestações públicas ocorridas entre 19 de março e 8 de junho de 1964  no Brasil em resposta à suposta ameaça comunista representada pelo discurso em comício realizado pelo então presidente João Goulart em 13 de março daquele mesmo ano.

Opressão e resistência
Já no começo do Regime Militar (1964-1985), o governo federal se utilizou das mais diversas estratégias de coerção e controle da opinião pública. Os Atos Institucionais e a censura prévia à imprensa foram apenas dois desses mecanismos, amplamente utilizados ao longo de boa parte do período ditatorial no combate aos setores de oposição.

As mobilizações contra o Regime Militar não se limitaram ao espaço das passeatas, greves e das organizações paramilitares(grupos armados). Os jornais, por exemplo, foram amplamente utilizados como veículo de denúncia dos autoritarismos governamentais. A despeito da censura oficial, publicações como o Pasquim se valeram das “letras” para atacar, quase sempre metaforicamente, tais desmandos. No teatro, muitas apresentações continham um forte teor revolucionário.
O CPC (Centro Popular de Cultura), ligado à UNE (União Nacional dos Estudantes), partilhava das idéias de Bertolt Brecht, que entendia o teatro como uma “importante arma de combate político”.

Em relação ao cinema, boa parte das produções era realizada pelos artistas do Cinema Novo. O movimento, que sempre teve nas reflexões sobre a identidade nacional brasileira uma preocupação basilar, possuía agora no engajamento político e na luta pela democracia suas mais importantes inquietações. Concomitantemente, o Cinema Marginal, forjado ainda na década de 60, assumiu a vanguarda cinematográfica no país, possuindo papel fundamental na conscientização política acerca da dura realidade brasileira.

MÚSICA DE PROTESTO


Os anos 60 e 70 vivenciaram o esplendor da produção musical no Brasil. Compositores e cantores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil elevaram o cenário da música nacional a níveis de criatividade raramente experimentados. Boa parte dessa produção foi motivada pela combativa resistência à repressão militar, que então cerceava, através dos meios mais perversos, as liberdades artísticas.
O Tropicalismo foi certamente um dos movimentos mais representativos desse período. Engajados no duplo propósito de se posicionar criticamente à Ditadura e de pensar a formação de uma identidade nacional, os tropicalistas se sobressaíram ao defenderem a importância do intercâmbio com as demais culturas do mundo. Deste modo, se por um lado se posicionavam criticamente ao “imperialismo econômico norte-americano”, por outro se utilizavam da “estrangeira” guitarra elétrica e de outros influências do Rock’n Roll.
Nesse cenário, os festivais de música se mostravam com um espaço formidável de expressão artística e política. Neles, tanto os compositores, quanto a população encontravam uma espécie de “válvula de escape”, nos quais a censura governamental parecia ser, mesmo que momentaneamente, um tanto menos furiosa. Os grandes festivais eram transmitidos por grandes emissoras de televisão da época, como a TV Excelsior, Record e Globo.