Revisão para a prova
Modelos de desenvolvimento
república populista (1946-1964)
Nacionalismo
O Nacionalismo era defendido pelos antigos partidos
getulistas: o PTB e o PSD .
Os Nacionalistas tinham divergências com os liberais. De
acordo com seus princípios, a abertura total ao capital estrangeiro traria
consequências penosas ao país, principalmente pela fuga de capitais decorrente
dos lucros obtidos pelas empresas estrangeiras, pelo aumento da dívida externa,
o que concorreria para uma dependência externa do Brasil cada vez maior.
Abertura apenas para empresas que geram riquezas e restrição para as que
exploram riquezas.
Por isso, os nacionalistas defendiam um
desenvolvimento com prioridade pelo capital nacional. Para isso o Estado
deveria ter um papel de ampla participação na economia.
Dá-se o nome de desenvolvimentismo a qualquer tipo de política econômica baseada na meta de crescimento da produção industrial e da infra-estrutura, com participação ativa do estado, como base da economia e o conseqüente aumento do consumo.
O governo federal ampliava sua
disposição para dirigir a economia por duas vias: investimentos públicos em
setores considerados estratégicos, tais como a produção de aço ou ainda,
através de uma política fiscal e de controle do câmbio e das importações
buscando com isso estimular a produção interna.
Liberalismo
(entreguismo)
Modernamente
o entreguismo consiste na desnacionalização
sistemática da indústria, especialmente de setores considerados por
determinados segmentos ideológicos e políticos como setores-chave da indústria
de produção, mediante a transferência de seu controle para capitais
estrangeiros. A posterior remessa de lucros decorrente dessa entrega se
constitui numa das parcelas da expatriação do excedente econômico de um país, e
a delegação do controle administrativo dos setores estratégicos da economia de
um país a empresas multinacionais impede o surgimento de forças internas que
eliminem os entraves ao seu desenvolvimento, e que alterem a reprodução do status quo.
O termo entreguismo tem suas origens relacionadas às
disputas políticas pelo petróleo no Brasil, na década de 1950.
Reformas de base
Conceito:
Sob essa ampla denominação de "reformas de base"
estava reunido um conjunto de iniciativas: as reformas bancária, fiscal,
urbana, administrativa, agrária e universitária.
Estender o direito de voto aos analfabetos e às patentes
subalternas das forças armadas
Uma intervenção mais ampla do Estado na vida econômica e um
maior controle dos investimentos estrangeiros no país, mediante a
regulamentação das remessas de lucros para o exterior.
Favoráveis:
O governo tinha apoio dos sindicatos, da Confederação dos
Trabalhadores (CGT), da UNE, do PTB, dos socialistas e comunistas (PCB), JUC e Ligas Camponesas.
Contrários:
Contrários:
Empresários, fazendeiros, militares e setores da classe
média, UDN e do PSD.
Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome comum de uma série de manifestações públicas
ocorridas entre 19 de março e 8 de junho de 1964 no Brasil em resposta à suposta ameaça comunista representada pelo discurso em comício realizado pelo então presidente João Goulart em 13 de março daquele mesmo ano.
Opressão e resistência
Já no começo do Regime Militar (1964-1985), o
governo federal se utilizou das mais diversas estratégias de coerção e controle
da opinião pública. Os Atos Institucionais e a censura prévia à imprensa foram
apenas dois desses mecanismos, amplamente utilizados ao longo de boa parte do
período ditatorial no combate aos setores de oposição.
As mobilizações contra o Regime Militar não
se limitaram ao espaço das passeatas, greves e das organizações paramilitares(grupos
armados). Os jornais, por exemplo, foram amplamente utilizados como veículo de
denúncia dos autoritarismos governamentais. A despeito da censura oficial,
publicações como o Pasquim se valeram das “letras” para atacar, quase sempre metaforicamente,
tais desmandos. No teatro, muitas apresentações continham um forte teor
revolucionário.
O CPC (Centro Popular de Cultura), ligado à
UNE (União Nacional dos Estudantes), partilhava das idéias de Bertolt Brecht,
que entendia o teatro como uma “importante arma de combate político”.
Em relação ao cinema, boa parte das produções
era realizada pelos artistas do Cinema Novo. O movimento, que sempre teve nas
reflexões sobre a identidade nacional brasileira uma preocupação basilar,
possuía agora no engajamento político e na luta pela democracia suas mais
importantes inquietações. Concomitantemente, o Cinema Marginal, forjado ainda
na década de 60, assumiu a vanguarda cinematográfica no país, possuindo papel
fundamental na conscientização política acerca da dura realidade brasileira.
MÚSICA DE PROTESTO
Os anos 60 e 70 vivenciaram o esplendor da
produção musical no Brasil. Compositores e cantores como Tom Jobim, Vinícius de
Moraes, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil elevaram o cenário da
música nacional a níveis de criatividade raramente experimentados. Boa parte
dessa produção foi motivada pela combativa resistência à repressão militar, que
então cerceava, através dos meios mais perversos, as liberdades artísticas.
O Tropicalismo foi certamente um dos
movimentos mais representativos desse período. Engajados no duplo propósito de
se posicionar criticamente à Ditadura e de pensar a formação de uma identidade
nacional, os tropicalistas se sobressaíram ao defenderem a importância do
intercâmbio com as demais culturas do mundo. Deste modo, se por um lado se
posicionavam criticamente ao “imperialismo econômico norte-americano”, por
outro se utilizavam da “estrangeira” guitarra elétrica e de outros influências
do Rock’n Roll.
Nesse cenário, os festivais de
música se mostravam com um espaço formidável de expressão artística e política.
Neles, tanto os compositores, quanto a população encontravam uma espécie de
“válvula de escape”, nos quais a censura governamental parecia ser, mesmo que
momentaneamente, um tanto menos furiosa. Os grandes festivais eram transmitidos
por grandes emissoras de televisão da época, como a TV Excelsior, Record e
Globo.