Classificam-se
as revoltas sociais em:
RURAIS: Messiânicos ; Revolta de Canudos; Revolta do Contestado; Cangaço
RURAIS: Messiânicos ; Revolta de Canudos; Revolta do Contestado; Cangaço
URBANOS: Revolta da Vacina; Revolta da
Chibata;O anarcossindicalismo
MOVIMENTOS SOCIAIS
RURAIS
Movimentos Messiânicos:
Líderes religiosos.
Guerra de Canudos (BA 1896 – 1897):
Antônio Conselheiro (líder).
Imagem do Filme Guerra de Canudos com José Wilker
Causas: miséria crônica da população nordestina, má distribuição de terras, descaso com o trabalhador rural, seca, aumento de impostos, separação entre religião e Estado decorrente da proclamação da República.
Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o Arraial de Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no interior da BA.
Causas: miséria crônica da população nordestina, má distribuição de terras, descaso com o trabalhador rural, seca, aumento de impostos, separação entre religião e Estado decorrente da proclamação da República.
Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o Arraial de Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no interior da BA.
Comunidade forma um Estado paralelo a República, abandonando
as fazendas, deixando de pagar o dízimo e os impostos republicanos.
Governo republicano + Coronéis + Igreja unem-se contra
Canudos.
Campanha de difamação contra Canudos atinge os principais
jornais da capital, associando Canudos ao retorno da monarquia.
Após 4 expedições militares, Canudos é massacrada.
Fonte bibliográfica frequentemente citada: “Os Sertões” –
Euclides da Cunha.
Revolta de Juazeiro (CE – 1913):
Líder: Padre Cícero.
Causa: Intervenção do governo central no Ceará, retirando do
poder a tradicional família Accioly.
Padre Cícero lidera um exército formado por fiéis que
recuperam o poder para a tradicional família.
Prestígio político do Padre Cícero aumenta
consideravelmente, e a família Accioly retoma o controle do Estado do Ceará.
Estátua de Padre Cícero em Juazeiro do Norte
Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916):
José Maria (líder).
Causas: exploração de camponeses, concessão de terras e
benefícios para empresas inglesas e americanas que provocaram a expulsão e
marginalização de pequenos camponeses.
Origem do nome: região contestada entre os estados de Santa Catarina e Paraná.
Assim como Canudos, os participantes foram violentamente massacrados.
Banditismo Social ou Cangaço (NE 1890 – 1940):
Bandos armados que percorriam o interior nordestino
sobrevivendo de delitos.
Principais bandos: Lampião e Curisco.
Causas: miséria crônica da população nordestina, seca, má distribuição
de terras, descaso do Estado e dos coronéis para com os mais pobres, violência.
Mito do “Robin Hood”.
Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e
exterminados um a um. Eram os únicos que despertavam medo nos coronéis,
justamente por não terem perspectiva de melhorar sua condição e portanto não
precisar temer o desrespeito das leis vigentes.
MOVIMENTOS SOCIAIS
URBANOS
Revolta da Vacina (RJ – 1904):
Projeto de modernização do RJ (Presidente Rodrigues Alves).
Destruição de cortiços e favelas, ampliação das avenidas,
construção de novos prédios inspirando-se em Paris.
Expulsão de comunidades pobres das regiões centrais,
inflação, alta do custo de vida.
Vacinação obrigatória contra a varíola (Oswaldo Cruz)
desencadeia conflito.
Revolta dos Marinheiros ou Revolta da Chibata (RJ 1910):
João Cândido (líder), posteriormente apelidado de “Almirante
Negro”.
Causas: maus tratos, baixos soldos, péssima alimentação e
castigos corporais (como a chibata, por exemplo) dentro da marinha.
Marinheiros tomam 2 navios e ameaçam bombardear o Rio caso
continuassem os castigos na marinha.
Governo promete atender as reivindicações e solicita que
marinheiros se entregassem.
Envolvidos foram presos e mortos. João Cândido sobrevive,
mas é expulso da marinha .
Castigos corporais na marinha são abolidos.
Movimento operário:
Causas: ampla exploração dos trabalhadores urbanos das
fábricas e ausência de legislação trabalhista que amparasse os trabalhadores.
Até a década de 20 predomínio de imigrantes italianos de
ideologia anarquista.
Principais formas de luta: formação de sindicatos e
organização de greves.
A partir de 1922 o principal instrumento de luta operária
foi o PCB, que tenta organizar os operários.
Postura do governo em relação ao movimento operário:
repressão (“caso de polícia”).
A Semana de Arte Moderna (SP – fev/1922):
Crítica aos padrões artísticos e literários formais
(métrica, rima, saudosismo, sentimentalismo).
Criação de uma nova estética sem fórmulas fixas e
limitadoras da criatividade.
“Paulicéia Desvairada” – MÁRIO DE ANDRADE: primeira obra
modernista.
Principais representantes: Oswald de Andrade, Mário de
Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia (literatura), Anita Malfatti,
Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti (pintura), Villa-Lobos (música), Vitor
Brecheret (escultura).
O Tenentismo:
Movimento da baixa oficialidade do exército (tenentes e
capitães).
Classe média urbana e letrada.
Contra o poder central das oligarquias.
Objetivos: moralização política (voto secreto, fim das
fraudes, afastamento do controle oligárquico), ensino obrigatório,
centralização positivista.
Programa elitista – para o povo, mas sem o povo.
Consideravam-se a “salvação nacional”.
Revolta do Forte de Copacabana ou os 18 do Forte (RJ 1922):
Contra a posse do presidente Arthur Bernardes (1922).
Episódio das “Cartas Falsas”.
Movimento fracassou, mas 18 integrantes (sendo um civil)
marcharam em Copacabana contra uma tropa do governo de mais de 3 mil homens.
Sobreviveram ao gesto suicida dois tenentes: Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
Rebelião Paulista (1924):
Tenentes tomam o poder de São Paulo, liderados por Isidoro
Dias Lopes, por 22 dias, até a reorganização das tropas federais. Fogem para o
Paraná onde se encontram com outro grupo de tenentes vindos do RS, liderados
por Luís Carlos Prestes.
Coluna Prestes (1924 – 1926):
Líder: Luís Carlos Prestes (“o Cavaleiro da Esperança”).
Marcha pelo interior do Brasil tentando debilitar o governo
de Arthur Bernardes e conseguindo mais adeptos para a causa tenentista.
Caráter social mais amplo: alguns mencionavam o desejo pelo
voto feminino e pela reforma agrária.
Fracassou. Seus integrantes se exilaram na Bolívia. Alguns
retornaram ao Brasil posteriormente.