quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

INTRODUÇÃO À EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPEIA





Introdução


As grandes navegações fazem parte do processo de expansão, iniciado com as Cruzadas e o renascimento comercial. Esta expansão se consolidou com a formação de impérios colônias na América, recém- descoberta pelos navegantes provenientes da Europa. Estes novos domínios europeus representavam, em outros continentes, um  fator fundamental na chamada revolução comercial, cuja característica  mais importante foi o surgimento de uma intensa rede de comércio mundial ligando, pela primeira vez na história da humanidade, os portos principais dos quatro continentes do globo.

 

Definição

          Processo de expansão ultramarina europeia realizada nos séculos XV e XVI em busca de novas rotas comerciais.

Fatores

- A crise do feudalismo.

- A retração do comércio.

- O monopólio do comércio das especiarias pelos Árabes e  as cidades italianas de Gênova e Veneza.

- A necessidade de novos mercados.

- A falta de metais preciosos.

- O fortalecimento do poder real

-  Progresso técnico e científico e as inovações de técnicas e  marítimas.

- Propagação da fé cristã como ideal europeu.


IMPORTANTE:

- A expansão marítima abriria novos mercados e novas rotas para o tradicional comércio com o Oriente.

 - A ampliação econômica atenderia  os interesses da classe mercantil e ampliaria as rendas do Estado.


Fatores do pioneirismo português:

- A precoce centralização política

- Posição geográfica privilegiada.

- A  Revolução de Avis 1383-1385:  A aliança do rei com a burguesia.

- Posição geográfica privilegiada.

-          Progresso Náutico




A Expansão Marítima Portuguesa

1415 - Conquista de Ceuta, no norte da África

1418-32Ocupação da Ilha das Ilhas de Ações, com a introdução  

                  capitanias hereditárias.            

1434 -  Gil Eanes dobra o cabo Bojador.

1460 -  Descoberta das Ilhas de Cabo Verde.

1488 -  Bartolomeu Dias dobra  o Cabo das Tormentas.

                                                (Cabo da Boa Esperança)

1498: Vasco da Gama atinge Calicute, na costa da Índia.

          - Viagem de Duarte Pecheco Pereira no litoral da América                  

             Sul.

1500Pedro Álvares Cabral oficializa a posse sobre o Brasil.



Fatores do Atraso Espanhol:

          O atraso na centralização política: formação dos  Estados Nacionais.

           A luta para expulsar os muçulmanos: Guerra da Reconquista.


Os “reis católicos”, Fernando de Aragão e Isabel de Castela  patrocinam o projeto do genovês  Cristóvão Colombo.


Conquistas da Espanha

1492: Cristóvão  Colombo descobre a América (Ilha  de Guanaani, atual San Salvador, nas Bahamas).

1519-1521: Fernão de Magalhães e Sebastião El Cano realizam a primeira viagem de circunavegação (volta ao mundo).

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Caros amigos,

Chegamos ao 4º bimestre.
Falta pouco tempo para o fim do ano letivo. Portanto, não perca a atenção e a concentração.

Bons estudos!

Geandre

PERÍODO POMBALINO




A colonização na América portuguesa:



Reformas pombalinas.
1ª metade do século XVIII: o contexto de crise da economia açucareira e a intensificação da exploração aurífera determinaram o expressivo aumento do intervencionismo estatal e da estrutura burocrática. As principais medidas foram:
  1709: criação da capitania real das Minas Gerais;
  implantação de uma ampla burocracia estatal na região aurífera (Intendente,força militar, casas de fundição,);
  redução do poder local; atribuições das câmaras.

  2ª metade do século XVIII: o início da crise da economia aurífera, a precariedade da economia metropolitana e o conturbado contexto político português marcado pelo Período Pombalino e o posterior restabelecimento do pleno absolutismo de Maria I, a “Viradeira”.
  - 1750-1777: Período Pombalino; experiência de “despotismo-esclarecido” caracterizou-se pela preservação em Portugal de um Estado Absolutista, portanto centralizador e intervencionista, mas que no entanto em adequação à época adotou  algumas medidas reformistas de caráter “liberalizante” em Portugal e fortalecimento do intervencionismo mercantilista nas colônias.

Principais medidas de Pombal:
  Reconstrução da cidade de Lisboa (1755);
  Ampliou a presença burguesa na alta burocracia estatal;
  Aboliu as diferenças entre cristãos-velhos e cristãos-novos.
  Incentivou o desenvolvimento da manufatura portuguesa debilitada em decorrência do tratado de Methuem (1703), adoção de medidas protecionistas, proibição da escravidão na metrópole, etc...
  Criação de escolas de comércio;
  Expulsão dos jesuítas de Portugal e colônias ...

 Principais medidas de Pombal para o Brasil:
  Criação de companhias portuguesas de comércio privilegiadas com monopólios;
  A transferência da capital da colônia para a cidade do Rio de Janeiro;
  Combateu o uso da “língua geral”;
  Abolição do Sistema de Capitanias Hereditárias;
  Criação do Distrito Diamantino;
  Ampliação do sistema tributário;
  Expulsão dos jesuítas de Portugal e colônias ...

  1777: Maria I; a decadência da economia aurífera e o agravamento da crise e dependência econômica  externa portuguesa explicam a adoção de algumas medidas ainda mais intervencionistas e opressoras como:
  1785- Alvará proibitório: proíbe a existência de manufaturas no Brasil colônia;
  aumento da burocracia, opressão, fiscalização e tributação; previsão da Derrama.
             Contexto da Inconfidência Mineira (1789) e da Conjuração Baiana (1798).




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A economia mineradora do século XVIII




 Características da mineração:

Ò  ouro de aluvião – geralmente encontrado nas areias e barrancos de rios.
Ò  técnicas e equipamentos rudimentares.
Ò  pequeno investimento de capital – qualquer pessoa poderia se dedicar à extração de ouro.
Ò  depósitos auríferos se esgotavam rapidamente. Não havia a necessidade do uso de mão-de-obra numerosa.
Ò  a localização geográfica da zona mineradora exigiu estradas e meios de transporte que a ligassem ao litoral.
Ò  Quase todas as pessoas se dedicaram a mineração, abandonando outras atividades.
Ò  Falta de mercadorias nas minas. Os produtos tinham de ser adquiridos de outras regiões.




A administração das minas
O governo português viu no ouro a possibilidade de recuperar a economia lusitana.
          Montagem de um esquema administrativo para exercer o controle da região.
          1702 – Intendência das Minas – funções:
          Distribuir terras para a exploração do ouro; cobrar tributos; e fiscalizar o trabalho dos mineradores.
          Quinto (20%) – do ouro extraído. Era cobrado pela exploração das minas.
          Em pó ou pepitas o ouro circulava livremente, dificultando o controle e a cobrança de impostos.

          O governo português proibiu a circulação de ouro em pó.
          1725 – Casas de Fundição – onde o ouro era transformado em barras, descontando-se o imposto.
          1750 – rei exige uma arrecadação de impostos de 100 arrobas de ouro por ano.
          Derrama – obrigava a população mineradora a completar de qualquer maneira a soma acumulada do imposto devido.
          A exploração do ouro fez nascer uma sociedade heterogênea, composta de comerciantes, funcionários do rei, profissionais liberais e escravos.
          Na sociedade mineradora, a ascensão social era relativamente mais fácil do que no Nordeste açucareiro.

As consequências da Mineração
          Crescimento Demográfico: atraiu inúmeras pessoas para o interior do nosso território.
          Aumento na faixa de trabalhadores livres.
          Desenvolvimento, na área mineradora, de um mercado consumidor.
          Crescimento do mercado interno: comerciantes vendiam nas Minas, mercadorias vindas da metrópole ou de outras regiões da colônia.
          Ligação econômica entre as regiões da colônia – antes; áreas economicamente distintas.
          Portugal importava produtos manufaturados da Inglaterra, pagando-os com ouro. O acúmulo de ouro, possibilitou a Inglaterra grande disponibilidade de capital, financiando a Revolução Industrial.



sábado, 27 de julho de 2013

Caros amigos,

 
Acabou a mamata. Bem vindo ao segundo semestre!

Paz e Bem!

Geandre
 
P.S.: O resumão do 1º ano está no link no lado direito da tela.

AS VÁRIAS ÁFRICAS


AS VÁRIAS ÁFRICAS


 Lei 11.645/08 - torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.

Garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira.



INFORMAÇÕES GERAIS
          Norte: mar Mediterrâneo
          Oeste: Oceano Atlântico
          Leste: oceano índico
          Zonas: Centro-Norte (Saara)           Centro-sul: floresta tropical africana


Na parte ocidental da África três zonas geográficas podem ser identificadas:

·         Maghreb: Clima subtropical
·         Sahel: borda do deserto;
·         Sudão clima favorável a agricultura.



A SEPARAÇÃO RACIAL NA ÁFRICA
NORTE : ÁRABES, EGÍPCIOS, BERBERES E OS TUAREGUES
CENTRO SUL – 800 ETNIAS NEGRAS AFRICANAS

Mapa das rotas pré-coloniais da África Setentrional



Graças a essas regulares rotas de comércio transaarianas estabelecidas pelos berberes islamizados é que se tem notícia escrita das civilizações negras ao sul do Saara.


Reino de Gana:
·         Estado centralizado a partir do século IV (defesa dos berberes)
·         Chefe político Gana (senhor da guerra)
·         O reino ficou conhecido como reino do ouro por controlar a passagem do comércio de ouro nas rotas do Saara.
·         Expansão territorial (controle de importantes entrepostos comerciais destinados às caravanas do Saara).
·         Intenso comércio de ouro, sal e escravos;
·         Religião animista ou fetichista (atribui vida espiritual a elementos da natureza).


Reino de Mali:

·         Conhecido como Mandinga
·         Expansão territorial associada à islamização do reino, século XIII.
·         Sistema descentralizado de poder e tolerância religiosa.
·         Aumento das rotas comerciais transaarianas;
·         Principais cidades: Niani, Djenné e Tombuctu.
·         Decadência: enfraquecimento econômico; falta de uma regra fixa de sucessão ao trono; Crescimento de outros centros comerciais (Gao- Songais);
·         Historia preservada pelos Griots: cantores, músicos, e portas que transmitem história e canções.

 O Mali e os portugueses:
·          Portugal buscou ganhar a confiança dos malineses. Assim, em 1495, D. Joaõ II enviou uma embaixada ao império Mali. Posteriormente, Portugal utilizou informações dos embaixadores para tentar penetrar no império Mali.
·         Inicialmente, os portugueses tentaram eles próprios escravizar as populações da costa africana. Mas, como as populações resistiram, eles mudaram de tática: começaram a propor ajuda a chefes africanos que lutavam entre si. Ofereciam vantagens comerciais, armas e fomentavam a fragmentação. (Caso: Salun X Mali)

 Reino dos Songais (século XVI):

·         Elite rigorosa nos preceitos islâmicos;
·         Último estado mercantil no Sudão ocidental

 Sudão Central – As cidades-estado hauças
·         A tradição oral refere-se a uma cidade-mãe, Daúra, que teria dado origem às “sete cidades históricas”: Kano, Zaira, Gobir, Katsena, Rano, Biran e Daúra, no século XI.
·         Com os anos, os hauças teriam ocupado parcelas da região, dando origem à expansão que levou às diversas cidades-estados independentes da região. Esta radiação cultural atingiu os próprios reinos iorubas, muito influenciados pela civilização hauça.
·          A organização social de hauça era profundamente urbanizada e particular, nela morava a nobreza, o letrados islamizados, os artesãos e alcançou grande importância econômica.
·         Em contato com o Sudão ocidental as pequenas cheferias hauças evoluíram até a situação de cidades-estados. Kano já praticava o escambo da cola guineense com o sal dos mercadores do deserto, foram os próprios mercadores e missionários mandingas que introduziram na hauçalândia o islamismo, se bem que ele ficasse restrito à aristocracia.
·         O Apogeu da civilização hauça ocorreu nos tempos do império Songai e, sobretudo, com sua decadência.
·         As relações entre o Sudão ocidental e a Central nem sempre foram pacíficas. As cidades-estados da Hauçalândia eram presas cobiçadas. Os refinados produtos da civilização hauçá eram muito apreciados, somente a definitiva partilha da África entre as potências colônias, pois a fim à atividade comercial da região.


Sudão Central

Os hauças e os europeus
·         O expansionismo europeu também foi sentido na civilização hauça, a crise dos impérios comerciais, o retrocesso mercantil islâmico e a emergência do tráfico negreiro como essencial atividade mercantil levaram, nos fins do Século XVIII, a sociedade hauça a uma profunda crise econômica e social. A Aristocracia procurou resolver suas dificuldades aumentando a pressão que exercia sobre a população plebeia e ligando-se mais intimamente ao comércio negreiro colonial.

Os Iorubás:
·         Localizado na região da Nigéria e Benin;
·         Principais cidades: Ilé Ifé, Oyo e Benin.
·         Os governantes eram eleitos por um conselho de estado e governavam por tempo determinado.
·         O obá, Monarca, tinha poderes absolutos, mas era governado de perto pelo conselho dos notáveis;
·         A economia baseava-se no comércio de contas, tecidos cobre e escravos.

sábado, 1 de junho de 2013

A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA



1 - Independências das nações latino-americanas:

          Processo de libertação das colônias espanholas.

          Quando: Aproximadamente entre 1810 e 1830.

          Fatores externos:

        Crise geral do Antigo Regime (enfraquecimento das potências coloniais).

        Iluminismo (base ideológica).

        Independência dos EUA (exemplo).

Guerras napoleônicas (ESP invadida sem condições de controlar as colônias).

        Revolução Industrial (pressão inglesa para abertura de mercados).

        Doutrina Monroe: “A América para os Americanos” (auxílio dos EUA)

          Fatores internos:

        Pacto colonial retardando desenvolvimento das colônias.

        Desigualdades sociais.

          A SOCIEDADE COLONIAL ESPANHOLA:

          (aproximadamente 20 milhões de pessoas).

CHAPETONES e CLERO: Espanhóis, altos cargos, privilégios

CRIOLLOS: Descendentes de espanhóis nascidos na América. Elite colonial, grandes proprietários e comerciantes. Integrantes dos Cabildos (Câmaras Municipais)

MESTIÇOS: capatazes e artesãos que serviam aos criollos.

ÍNDIOS e NEGROS: explorados como escravos ou “semi-escravos” (Mita ou Repartimiento – trabalho forçado nas minas/ Encomienda – trabalho servil nos latifúndios agroexportadores, também chamados de haciendas ou plantations)

          Precursores:

        TUPAC AMARU (PER – 1780): rebelião indígena. Massacre de aproximadamente 80 mil pessoas.

        FRANCISCO MIRANDA (VEN – 1811): criollo que liderou libertação provisória da Venezuela. Foi preso e morreu na ESP.

          Guerras de Independência:

        Intervenção napoleônica na ESP.

        Deposição do rei Fernando VII..

        1810 – 1814: Criollos tomam o poder na América amparando-se nos cabildos e formando juntas governativa. Derrotados após a restauração da monarquia na ESP.

        1817 – 1825: lutas vitoriosas.

          SIMÓN BOLÍVAR (republicano) e SAN MARTIN (monarquista) – principais líderes.

          Apoio da ING e dos EUA, ambos interessados em novos mercados.

          BOLÍVAR – libertação da Venezuela em direção ao Peru (norte para o sul).

          SAN MARTIN – libertação da Argentina em direção ao Peru (sul para o norte).

          HAITI: Libertação de escravos.

          BOLIVARISMO: ideal de unidade territorial do continente (oposição da ING, EUA e elites rurais locais).

          Fracasso (Congresso do Panamá).




          Consequências:

        Fragmentação territorial em várias repúblicas.

        Instabilidade política (lutas internas pelo poder).

        Dependência econômica (Sul – ING, Centro – EUA).

        Estrutura econômica inalterada (América permanece como fornecedora de matéria-prima e consumidora de manufaturados).

        CAUDILHISMO – tipo de governo característico da América Latina do período, com líderes autoritários, paternalistas e conservadores, representantes das elites locais.

        Desigualdades sociais – mestiços, índios e negros ainda marginalizados.