sábado, 16 de fevereiro de 2013

O ILUMINISMO


O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. 
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
·         Mercantilismo. 
·         Absolutismo monárquico.
·         Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos  acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
·         A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
·         O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
·         O predomínio da burguesia e seus ideais.
As idéias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas idéias iluministas.
Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as idéias de progresso iluministas.
Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.
Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e idéias neste período. São eles:
·         John Locke, Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, onde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.  Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
·         Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.
·         Montesquieu em sua obra “O espírito das leis”  defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.
·         Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
·         Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.
·         Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
a)    o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
b)    para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
c)     para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
d)    A economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.
Fonte:  http://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php

Mercantilismo


Mercantilismo é o sistema econômico baseado no mercado. Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia. Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.
É possível identificar algumas características principais: intervenção do Estado na economia, metalismo, balança comercial favorável, pacto colonial e protecionismo.
Segundo Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.
As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.
O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.
No mercantilismo, o Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar políticas protecionistas, e em particular estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.

fonte:  http://www.wikipedia.org

O ABSOLUTISMO


O ABSOLUTISMO

Absolutismo é uma teoria política que defende que alguém (em geral, um monarca) deve ter o poder absoluto, isto é, independente de outro órgão. É uma organização política na qual o soberano concentrava todos os poderes do estado em suas mãos. Os teóricos de relevo associados ao absolutismo incluem autores como Maquiavel, Jean Bodin, Jacques Bossuet e Thomas Hobbes.
Esta ideia tem sido algumas vezes associada a doutrina do "Direito Divino dos Reis", que defende que a autoridade do governante emana diretamente de Deus, e que não podem ser depostos a não ser por Deus, defendido por alguns teóricos absolutistas como Jean Bodin e Jacques Bossuet.

Teorias do absolutismo
Durante os séculos XVI e XVII, diversos pensadores buscaram justificar o poder absoluto dos monarcas.
A principal obra de Nicolau Maquiavel, 'O príncipe', escrita para responder a um questionamento a respeito da origem e da manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a defesa do absolutismo. Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar-se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder. As ações do Estado são regidas, sobretudo, pela racionalidade.
Outro teórico foi Jean Bodin, sua obra foi 'Os seis livros da República'. Segundo ele, a autoridade do rei era concedida por Deus, cabendo aos súditos somente a obediência passiva.
Jacques Bossuet, contemporâneo de Luís XIV, foi um dos maiores defensores do absolutismo e, simultaneamente, do "direito divino dos reis"; em sua obra 'Política Segundo a Sagrada Escritura', afirmava que a Monarquia era a origem divina, cabendo aos homens aceitar todas as decisões reais, pois questioná-las transformá-los-ia não somente em inimigos públicos, mas também em inimigos de Deus.
Thomas Hobbes, autor de Leviatã, proclamou que, em seu estado natural, a vida humana era "solitária, miserável, desprezível, bestial e breve"; buscando escapar da guerra de todos contra todos, os homens uniram-se em torno de um contrato para formar uma sociedade civil, legando a um soberano todos os direitos para protegê-los contra a violência. Hobbes defende a teoria de que um rei só poderia subir ao trono pela vontade do povo e não pela vontade divina. A Monarquia é justificada pelo consenso social.
Hugo Grotius é considerado um dos precursores do direito universal, pois defendia que, se todos os países adotassem o Absolutismo, seria possível se estabelecer um sistema único de legislação. Sua principal obra foi 'Direito de Paz e de Guerra'.[2]

fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutis

Bento 16, o Breve

Editorial Folha de São Paulo 13 de fevereiro de 2013.




Foi ainda como cardeal que Joseph Ratzinger deixou sua influência mais marcante sobre uma Igreja Católica em rápida transformação. Intelectual e teólogo de estatura, Ratzinger orientou com zelo a revalorização da doutrina no papado carismático de João Paulo 2º.
De 1978 até 2005, o mundo viu a liberalização dos costumes tornar-se norma, o Muro de Berlim ruir e os computadores infiltrarem informação por todos os interstícios. Em paralelo, a igreja de João Paulo 2º e Ratzinger buscava revalorizar a vida espiritual e a fé individual.
Reverteu-se, assim, a ênfase anterior nos trabalhos sociais, após o Concílio Vaticano 2º (1962), que conduziria à derivação coletivista da Teologia da Libertação.
Com a morte de João Paulo 2º, a eleição de Bento 16 emitiu um signo de continuísmo para a igreja e seus fiéis. Mais do mesmo: reafirmação das amargas prescrições católicas --abstinência, oração, penitência-- para as aflições da vida terrena, que Roma atribuía ao relativismo moral e ao culto secular do hedonismo consumista.
Bento 16, contudo, nunca projetou sobre os católicos o magnetismo que emanava de João Paulo 2º, cujas exortações se revestiam de autoridade quase mística. Ratzinger foi o papa cerebral, mais aparelhado para debater doutrinas com o filósofo Jürgen Habermas do que para transportar multidões.
Premido que tenha sido por limitações de saúde, por escândalos no recesso do Vaticano ou pela incontrolável torrente de denúncias de abuso sexual pelo clero, a desistência de Bento 16 soará a não poucos fiéis como admissão de incapacidade para liderar a igreja diante de seus enormes desafios.
A recusa doutrinária a contraceptivos e camisinhas é cada vez mais difícil de sustentar, em tempos de Aids e sexo rotineiro. O anátema contra o aborto, mesmo em caso de estupro, põe a igreja em conflito com inúmeros seguidores.
O mesmo se aplica ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à própria homossexualidade --sobretudo quando esta se acha na raiz dos desvios dos sacerdotes, para os quais o Vaticano nunca deu resposta satisfatória aos olhos do público. A ordenação de mulheres constitui outro capítulo em que a Igreja Católica perde terreno.
Bento 16 parece reservar energias para influenciar a escolha de um sucessor à altura de tamanhas dificuldades. O caminho inusual, a exemplo da eleição do polonês Karol Wojtyla, levaria a um papa jovem, talvez da América Latina.
Nas sombras da Capela Sistina, porém, a bancada de cardeais italianos --que hoje detém 28 dos 118 votos-- pode entrever a oportunidade de reaver o controle que exerceu por séculos sobre a Santa Sé.