Material disponibilizado pela professora Juliana Lopes para os alunos do 1º Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. Celso Machado.
No primeiro século da conquista, Portugal
preocupou-se em defender a posse das terras brasileiras contra a ameaça de
invasão de outros povos (franceses, holandeses).
Até a metade do século XVI, o governo português e a
burguesia mercantil estavam mais interessados nos lucros que obtinham com o
comércio dos produtos orientais. Porém, com a crise do comércio com o Oriente,
Portugal voltou sua atenção para a sua colônia na América.
A solução encontrada foi implantar a empresa
açucareira no Brasil. nessa época, o açúcar era um artigo de luxo muito
procurado na Europa. Sua venda alcançava altos preços no mercado.
A economia açucareira implantada no Brasil
desenvolveu-se sob o "Antigo
Sistema"colonial, portanto, sujeita às regras ditadas pela Metrópole. Sistema, que tinha suas bases no mercantilismo.
Durante os séculos XVI e XVII, a nossa economia
baseou-se na produção da cana-de-açúcar. O açúcar tornou-se o nosso principal
produto de exportação, situação que se manteve até a segunda metade do século
XVII, quando começou a sofrer a concorrência das Antilhas.
De origem asiática, a cana foi levada para o
continente europeu pelos árabes.
Portugal, já conhecia as técnicas de produção do
açúcar, ao colonizar as ilhas do Atlântico (Cabo Verde e Madeira), dando início
à plantação da cana e a fabricação do açúcar.
Portugal viu na implantação da empresa açucareira
no Brasil, uma forma de organizar uma atividade econômica permanente e iniciar
o povoamento sistemático da colônia.
A cana foi introduzida pela primeira vez no Brasil,
na Capitania de São Vicente, por Martim Afonso de Sousa, em 1532.
Na ilha de São Vicente, no litoral paulista, ele
construiu o primeiro engenho de açúcar - o engenho dos Erasmos.
Em 1540 havia engenhos nas capitanias hereditárias
de São Vicente e de Pernambuco. Em 1560, já havia 62 engenhos na colônia. O
nordeste tornou-se a principal região produtora de cana-de-açúcar.
O sucesso da empresa açucareira no Brasil, se deveu
as condições favoráveis para a adaptação da cana, como: o clima tropical e o
solo de massapé.
Portugal via também na implantação da empresa
açucareira a possibilidade de ampliação do mercado consumidor, particularmente
devido à colaboração dos holandeses, que já estavam envolvidos na sua
distribuição, e o alto preço do produto poderia atrair mais investimentos.
Os holandeses participaram desde o primeiro
momento, com o financiamento da empresa açucareira. Controlavam o transporte, o
refino e a distribuição do açúcar no mercado europeu.
Criou-se no Brasil, uma economia exclusivamente
voltada para o mercado externo. Uma economia fundamentada nos sistemas da
grande propriedade, da monocultura e do trabalho escravo.
A grande propriedade foi criada devido à extensão
dos territórios coloniais e ao fato da cultura da cana-de-açúcar só ser
rentável numa produção em larga escala.
A monocultura era
essencial, para a implantação de um tipo de economia que tivesse alta
rentabilidade para a Metrópole. A opção pela cana praticamente impôs a
monocultura, isto é, o Brasil precisava tornar-se uma empresa altamente
especializada na produção do açúcar. Portanto, a diversidade econômica não
interessava à Metrópole, porque geraria uma rentabilidade menor.
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