POLÍTICA INTERNA
•
3 fases:
–
Consolidação (1840 – 1850):
–
Conciliação (1850 – 1870):
–
Crise (1870 – 1889):
•
2 correntes políticas:
–
Liberais: profissionais liberais urbanos,
latifundiários ligados a produção para o mercado interno (áreas mais novas).
–
Conservadores: grandes comerciantes,
latifundiários ligados ao mercado externo, burocracia estatal.
–
Sem divergências ideológicas, disputavam o poder
mas convergiam para a conciliação. Ambos representavam elites econômicas.
•
Parlamentarismo às avessas:
–
Poder legislativo subordinado ao executivo.
–
Imperador = peça central nas decisões.
–
Liberais
e Conservadores manipulados por D. Pedro II, cientes de que precisavam de sua
proteção.
ECONOMIA
•
Café: principal
produto.
–
Mercado externo (EUA/EUROPA).
–
Alto valor.
–
Solo (“terra roxa”) e clima favoráveis.
–
Região Sudeste.
–
Desenvolvimento dos transportes (estradas de
ferro, portos).
–
Desenvolvimento de comunicações (telégrafo,
telefone).
–
Desenvolvimento de atividades urbanas paralelas
(comércio, bancos, indústrias)
CAFÉ: ECONOMIA LATIFUNDIÁRIA, DE EXPORTAÇÃO,
ESCRAVISTA E MONOCULTORA.
–
Vale do Paraíba (RJ – SP): 1ª zona de
cultivo. Início no final do século XVIII. Latifúndio escravista tradicional,
sem inovações técnicas. Principal até aproximadamente 1860-70.
–
Oeste paulista: 2ª zona de cultivo.
Início aproximadamente a partir de 1850. Tecnologicamente mais avançado.
Introdução do trabalho de imigrantes paralelamente ao escravismo. “Terra Roxa.
•
Açúcar: decadência
–
Concorrência externa.
–
Açúcar de beterraba (Europa).
–
Queda no preço.
•
Outros produtos:
–
Algodão (MA): importante entre 1861 e
1865 (18%)
ü Guerra
de Secessão (EUA)
–
Borracha (AM e PA): importante a partir
de 1880 (8%)
ü II
Revolução Industrial – automóveis.
–
Couros e peles (6 – 8%)
–
Fumo (2 – 3%)
•
A “Era Mauá” (1850 –
1870):
–
Início da industrialização.
–
Irineu Evangelista de Souza (Barão e Visconde
de Mauá).
–
Causas:
ü Tarifa
Alves Branco (1844):
•
Aumento de tarifas para importados.
•
Aumento de arrecadação para o Estado.
•
Estímulo involuntário para a indústria nacional.
ü Fim
do tráfico negreiro (1850):
•
Liberação de capitais.
Características
do Surto Industrial:
–
Produção destinada ao mercado interno.
–
Surto industrial que não alterou o a estrutura
econômica nacional
–
Bens de consumo não duráveis.
–
Setor têxtil: principal.
–
Motivos do fracasso:
ü Falta
de apoio do governo.
ü Oposição
de latifundiários).
ü Concorrência
inglesa.
SOCIEDADE:
•
A Revolução Praieira (PE – 1848):
–
Causas: concentração fundiária e crise
econômica.
–
Líderes: Pedro Ivo e Abreu Lima.
–
Jornal “Diário Novo” – Rua da Praia.
–
Manifesto ao Mundo: voto universal,
liberdade de imprensa, abolição da escravidão, proclamação da República,
nacionalização do comércio, direito ao trabalho.
–
Última grande revolta do período.
–
Influência das revoluções liberais europeias.
•
A Lei de Terras (lei n°601
de 1850):
–
Até o ano de 1850, as terras brasileiras
poderiam ser adquiridas através da posse.
–
Terras sem registro = “devolutas”
(pertencentes ao Estado).
–
Regularização mediante a compra de registro.
–
Consequências:
•
Pequenos proprietários perdem suas terras.
•
Concentração de terras nas mãos de grandes
latifundiários.
•
Imigrantes e escravos libertos sem acesso a
terra.
•
Mão-de-obra barata e numerosa para grandes
latifundiários.
POLÍTICA
EXTERNA:
•
Conflitos platinos:
–
Causa básica: controle da navegação na Bacia do
Prata.
–
Causas secundárias:
ü Disputas
territoriais e enfraquecimento de rivais.
ü Acesso
a províncias do interior, especialmente MT (BRA).
–
Situação no URUGUAI: 2 partidos rivais.
ü Blancos
– estancieiros, interior, pró-ARG, líder - ORIBE;
X
ü Colorados
– comerciantes, Montevidéu, pró-BRA, líder - RIVERA.
ü Situação
na ARGENTINA: Buenos Aires X Interior
ü Buenos
Aires: Rosas (apoiado pelos Blancos do URU).
ü Interior
(Corrientes e Entre-Ríos) : Urquiza (apoiado pelos Colorados do URU e pelo
Brasil).
ü 1850:
Guerra contra Oribe e Rosas:
ü BRA
invade URU e ARG e depõe seus governantes.
ü Assumem
Rivera (Colorado) no URU e Urquiza na ARG.
ü 1864:
Guerra contra Aguirre (URU – Blanco):
ü BRA
invade o URU, depõe Aguirre e coloca em seu lugar o colorado Venâncio Flores.
•
Equilíbrio no Prata é rompido. Aguirre tinha
acordo com o líder paraguaio Solano López. A
Questão Christie (1863 – 1865):
–
Rompimento de relações diplomáticas entre BRA e
ING.
–
Causas:
ü Roubo
de carga de navio inglês naufragado no RS (ING exige indenização);
ü Prisão
de marinheiros ingleses no RJ (ING exige desculpas).
–
W. D. Christie (embaixador inglês no
Brasil) aprisiona 5 navios brasileiros no porto do RJ a título de indenização.
–
BRA paga indenização mas exige desculpas da ING
por invadir porto do RJ.
–
Leopoldo I (BEL) favorável ao BRA;
–
BRA rompe relações diplomáticas com a ING.
–
ING desculpa-se oficialmente em 1865.
•
A Guerra do Paraguai (1865 – 1870):
–
Maior conflito armado da América Latina.
–
Antecedentes:
ü PAR:
sem dívida externa, sem analfabetismo, miséria ou escravidão, com indústrias,
estradas de ferro, universidades, telégrafo, exército desenvolvido, governado
ditatorialmente por Solano López.
–
Causas:
ü PAR
sem saída para o mar (anexações no BRA e ARG).
ü “Mau
exemplo” – oposição inglesa ao projeto paraguaio.
ü Rompimento
de relações diplomáticas com o BRA (represália a invasão do URU e deposição de
Aguirre).
ü Invasão
paraguaia ao MT e ARG (1865).
CONSEQUENCIAS:
–
ING: retaguarda (empréstimos).
–
Consequências:
ü PAR:
600 mil mortos (99% dos homens), dívidas, perdas territoriais.
ü BRA:
endividamento, fortalecimento político do exército, crise do escravismo e do
Império.
ü ING:
afirmação de interesses econômicos na região
O Paraguai depois da guerra:
IMIGRAÇÃO E ABOLIÇÃO
•
A imigração:
–
Superação da crise do escravismo.
–
Mito do “embranquecimento”.
–
Necessidade de mão de obra (cafeicultura –
sudeste).
–
Ocupação e defesa (região sul).
–
Crise econômica e social em países europeus.
•
A crise do escravismo:
–
Oposição inglesa (Bill Aberdeen – 1845).
–
Lei Eusébio de Queirós (1850).
•
Fim do tráfico de escravos.
•
Tráfico interprovincial (NE – SE).
•
Aumento do valor dos escravos.
–
Movimento abolicionista: intelectuais, camadas
médias urbanas, setores do exército.
–
Prolongamento da escravidão por meio de leis
inócuas:
•
Lei do Ventre Livre (1871).
•
Lei dos Sexagenários ou Saraiva-Cotegipe
(1885).
•
Radicalização do movimento abolicionista.
•
Lei Áurea (1888):
•
Fim da escravidão sem indenizações.
•
Marginalização de negros.
•
Crise política do império
A CRISE GERAL DO IMPÉRIO (a partir
de 1870):
•
A questão religiosa:
–
Igreja atrelada ao Estado (Constituição de
1824).
ü Padroado
e Beneplácito.
–
1864 – Bula Syllabus (Papa Pio IX):
maçons expulsos dos quadros da Igreja.
–
D. Pedro II proíbe tal determinação no Brasil.
–
Bispos de Olinda e Belém descumprem imperador e
são presos.
–
Posteriormente anistiados.
–
Igreja deixa de prestar apoio ao Imperador.
•
Questão militar:
–
Exército desprestigiado pelo governo: baixos
soldos, pouca aparelhagem e investimentos.
–
Exército fortalecido nacionalmente após a Guerra
do Paraguai.
–
Punições do governo a oficiais que
manifestavam-se politicamente.
ü Sena
Madureira, Cunha Matos.
–
Penetração de idéias abolicionistas e
republicanas positivistas nos quadros do exército associam o Império ao atraso
institucional e tecnológico do país.
•
Questão Republicana:
–
1870: Manifesto Republicano (RJ) –
dissidência radical do Partido Liberal.
–
1873: Fundação do PRP (Partido Republicano
Paulista), vinculado a importantes cafeicultores do Estado.
–
Descompasso entre poderio econômico dos
cafeicultores do Oeste Paulista e sua pequena participação política.
–
Abolicionismo em contradição com o escravismo
defendido por velhas elites aristocráticas cariocas.
–
Idéia do Federalismo – maior autonomia estadual.
–
Apoio de classes médias urbanas, também pouco
representadas pelo governo imperial.
•
Questão Abolicionista:
–
Abolição da Escravidão (1888) retira do governo
imperial sua última base de sustentação: aristocracia tradicional.
•
Império é atacado por todos os setores, sendo
associado ao atraso e decadência.
•
A Proclamação da República (15/11/1889):
–
1888 – D. Pedro II tenta implementar reformas
políticas inspiradas no republicanismo através de Visconde de Ouro Preto:
ü Autonomia
provincial, liberdade de culto e ensino, senado temporário, facilidades de
crédito...
–
Reformas negadas pelo parlamento que é
dissolvido pelo imperador.
–
Republicanos espalham boatos de supostas prisões
de líderes militares.
–
Marechal Deodoro da Fonseca lidera
rebelião que depõe D. Pedro II.
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